Aquele momento no play-off, quando o Samuel Marques acerta o último pontapé, no último minuto, que vos qualificou para o Mundial, como foi?
Nem consegui entrar em campo, saí três minutos antes do jogo acabar e fiquei completamente deitado na bancada, nem consegui sair dali, as lágrimas a caírem. Foi um sentimento inacreditável, não consegui descrever ainda aquele momento, só quando revejo as imagens é que me vou recordando de algumas coisas. Os três anos em que estivemos ali a batalhar para conseguir aquele momento, ainda por cima assim, daquela maneira, no último segundo. Foi especial. O próprio jogo trouxe-nos um equilíbrio de emoções: começámos bem, depois descemos e acabámos na mó de cima, de repente a penalidade surge no último segundo e foi uma balança de todo o nosso percurso.
Antes, um drop tinha batido no poste para dar.
Mais uma tentativa falhada, ao longo do tempo também nos aconteceu, tivemos um percurso um bocadinho complicado depois de várias tentativas falhadas. Esta era a última oportunidade que nem sabemos bem de onde veio. Daí todas aquelas emoções.
O play-off acabou por ser um bom treino para lidar com a montanha-russa de emoções?
Acho que são coisas diferentes, aquele momento contra os EUA era de tudo ou nada, no Mundial a pressão acho que é sempre intrínseca, mas será diferente, mais positivo, que nos puxa mais para a irreverência, até porque não temos nada a perder. Acho que nos vai dar esse boost.
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