Exclusivo

Râguebi

José Madeira, o gigante português que mais placou contra a Geórgia: “A malta tem de ter vontade de vir jogar cá para fora”

José Madeira, à direita, com Manuel Cardoso Pinto, a tirarem uma fotografia com adeptos no final do jogo contra a Geórgia.
José Madeira, à direita, com Manuel Cardoso Pinto, a tirarem uma fotografia com adeptos no final do jogo contra a Geórgia.
STEPHANE MAHE/Reuters

Com as suas 18 placagens, o avançado de 1,95 metros e 115 quilos que vive do e para o râguebi no Grenoble, da segunda divisão francesa, avisou que o mau momento dos australianos que Portugal defronta este domingo (16h45, RTP), no terceiro encontro do Mundial de râguebi, “pode torná-los mais perigosos”. O jogador da seleção nacional explicou que os ‘Lobos’ vão enfrentar a equipa que “é capaz de ser a que tem mais ferramentas em qualquer parte do jogo”

O que te passou pela cabeça quando viste a bola chutada pelo Nuno Sousa Guedes a passar um metro ao lado do poste, no último minuto do jogo contra a Geórgia?
Naquele momento, foi logo um descargo de consciência por não ter de ser eu a ter que fazer um chuto, porque não era fácil com a pressão, todo o cenário do jogo, já estava nos 80 minutos, foi um alívio não ter de tomar essa responsabilidade. Depois de ele ter falhado, a reação inicial foi um bocado de frustração porque estávamos tão perto de ganhar o jogo. Passado um bocado e olhando com distância para o resultado, tínhamos de estar satisfeitos por termos feito os primeiros pontos do Mundial e da história do râguebi português nesta competição.

Imagino que tenha sido um misto agridoce de emoções: conseguiram um resultado histórico, mas ficaram tão perto de algo ainda maior.
É exatamente essa a minha sensação e a do grupo, não foi muito fácil de engolir. Mas encarámos todos da mesma maneira, tentámos focarmo-nos logo no próximo jogo e, nesse aspeto, os nossos treinadores e a nossa equipa foram muito profissionais nesse aspeto. Não é por termos feito um resultado bom que pronto, está feito, chegámos ao fim. Pelo contrário, se guardámos aquele sabor, agora temos de fazer melhor, vamos tentar, foi um bocado aquela sensação de "para a próxima é de vez, temos de ganhar" que nos deu no balneário.

E o Nuno Sousa Guedes depois do pontapé, como estava ele?
Como acho que é normal, acho que o Nuno estava um bocado em baixo, ele tinha a responsabilidade do lado dele. Ninguém da equipa, nem no balneário, ficou sequer chateado com ele. O próprio Nuno colocou pressão sobre ele próprio, ninguém leva a mal ele ter falhado a penalidade. Ele é um jogador extremamente competitivo e queria ir buscar os três pontos, mas pronto, é o desporto.

Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: dpombo@expresso.impresa.pt