A melancolia bateu sem se anunciar. “Estamos aqui um bocado nostálgicos”, desabafa Pedro Bettencourt, um gigante de braços cruzados diante da câmara. No seu quarto de hotel em Perpignan, onde a seleção está alojada no Mundial, o jogador tenta compartimentar a saudade do que ainda não se perdeu. “É a última semana de treinos, será a última reunião, há muitos que vão deixar de jogar, membros do staff que vão sair”, enumera, sem esconder a “carga de emoção muito grande” que arrebatará os portugueses no domingo, quando fecharem a derradeira partida no torneio contra as ilhas Fiji, seja qual for o resultado mostrado no placard da despedida.
É no domingo (20h, RTP), em Toulouse, uma das cidades francesas onde mais se respira a oval, que Portugal tem o seu quarto e último jogo da fase de grupos contra, provavelmente, o mais físico dos adversários vindos do Pacífico Sul, com corpulência que parece moldada pelos deuses para o râguebi. “Normalmente, custa um bocado batermo-nos contra eles ou eles contra nós”, reconhece Pedro Bettencourt, portador da maior armadura (1,88 metros e 94 quilos) entre os três quartos dos ‘Lobos’, com a qual saltou, já a sorrir, para o ensaio que marcou à Austrália. Quando essa partida acabou, porém, estava frustrado.
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