Râguebi

Dois anos após o histórico Mundial, a seleção nacional de râguebi sofre a pior derrota de sempre

Dois anos após o histórico Mundial, a seleção nacional de râguebi sofre a pior derrota de sempre
David Fitzgerald

Lobos derrotados por 106-7 frente a uma seleção da Irlanda desfalcada de muitos dos seus principais jogadores. Os 99 pontos de diferença no marcador superam os 95 da derrota sofrida contra a Nova Zelândia (108-13) no Mundial de 2007, naquela que era, até agora, a derrota mais pesada de Portugal

A seleção portuguesa de râguebi sofreu no sábado a derrota mais pesada da sua história, frente à Irlanda (106-7), num encontro em que o ensaio obtido foi insuficiente para atenuar a dor de uma exibição condizente com o resultado.

Nicolas Martins (53 minutos) fez o único ensaio da seleção portuguesa no Estádio Nacional, já na segunda parte, num teste oficial da World Rugby em que os lobos foram cilindrados por 16 ensaios irlandeses e acabaram a lutar, sem sucesso, para que o marcador não chegasse aos três dígitos para os visitantes.

Os 99 pontos de diferença no marcador superam os 95 da derrota sofrida contra a Nova Zelândia (108-13) no Mundial de 2007, naquela que era, até sábado, a derrota mais pesada de Portugal.

O encontro com a Irlanda foi, também, a segunda vez que os lobos sofreram mais de 100 pontos num encontro.

E o terceiro classificado do ranking mundial até se apresentou no Estádio Nacional, em Oeiras, desfalcado de uma grande parte dos seus principais jogadores, que se encontram ao serviço dos British and Irish Lions, em digressão no hemisfério sul.

Mas isso não impediu que o jogo fosse praticamente de sentido único logo desde o primeiro lance, quando Stuart McCloskey cruzou a linha de ensaio pela primeira vez para os irlandeses, estavam decorridos apenas 46 segundos.

O resultado foi crescendo e a diferença de 54-0 ao intervalo já deixava antever um final de tarde histórico, pela negativa, até porque Portugal também não contava com Rodrigo Marta, Raffaele Storti, José Lima, Samuel Marques, Cody Thomas e Anthony Alves, todos lesionados.

A juntar ao rol, o capitão, Tomás Appleton, também saiu de maca, aos 21 minutos, e o seu próprio substituto, Gabriel Aviragnet, também não esteve em campo mais do que 12 minutos, numa partida em que vários jogadores terminaram com queixas físicas.

Portugal ainda tentou, pelo menos, mostrar a qualidade do seu jogo ofensivo, mas só o conseguiu uma vez em cada metade do encontro.

Nuno Sousa Guedes (19), no dia da sua 50.ª internacionalização, cruzou a linha de meta, mas o videoárbitro descortinou um passe para a frente de Vincent Pinto, que impediu o jogador do CDUP de reduzir, na altura, para 28-7.

Na segunda parte, novamente com Vincent Pinto a assistir um companheiro, desta vez de forma legal, coube a Nicolas Martins (53) fazer o ensaio de honra português, transformado por Hugo Aubry.

Excetuando esses dois lances, a Irlanda vulgarizou completamente a seleção portuguesa que, apesar de ter a oportunidade de defrontar várias equipas do Tier 1 desde o Mundial 2023 (África do Sul, Escócia e Irlanda), mostrou, desta vez, que não está preparada para o tamanho do desafio.

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