• Expresso
  • Tribuna
  • Blitz
  • Boa Cama Boa Mesa
  • Emprego
  • Expressinho
  • O Mirante
  • Exclusivos
  • Semanário
  • Subscrever newsletters
  • Últimas
  • Classificação
  • Calendário
  • Benfica
  • FC Porto
  • Sporting
  • Casa às Costas
  • Entrevistas
  • Opinião
  • Newsletter
  • Podcasts
  • Crónicas
  • Reportagens
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • RSS
Tribuna ExpressoTribuna Expresso
  • Exclusivos
  • Semanário
Tribuna ExpressoTribuna Expresso
  • Últimas
  • Classificação
  • Calendário
  • Benfica
  • FC Porto
  • Sporting
  • Casa às Costas
  • Entrevistas
  • Opinião
  • Newsletter
  • Podcasts
Exclusivo

Reportagens

“Colecionar camisolas de futebol retro virou mainstream” e há um paraíso em Manchester onde até Bernardo Silva compra presentes de Natal

“Colecionar camisolas de futebol retro virou mainstream” e há um paraíso em Manchester onde até Bernardo Silva compra presentes de Natal
Classic Football Shirts
Em Manchester, a Classic Football Shirts contém milhares de equipamentos antigos e modernos, pedaços de memória futebolística que se integram num total de mais de 5 milhões de camisolas que a loja possui. A Tribuna Expresso teve uma visita guiada ao espaço onde a camisola com que o Corinthians homenageou Ayrton Senna, ou a que Cristiano Ronaldo vestiu na 2.ª parte do jogo de inauguração do Estádio de Alvalade, são algumas das muitas relíquias de uma tendência que tem sido impulsionada por quem era criança ou adolescente durante os anos 90
“Colecionar camisolas de futebol retro virou mainstream” e há um paraíso em Manchester onde até Bernardo Silva compra presentes de Natal

Pedro Barata, enviado ao Euro 2022

Jornalista

Para o Natal, Bernardo Silva queria oferecer-se um presente. Então, o jogador do Manchester City foi até à loja da Classic Football Shirts, não muito longe de sua casa, a uns cinco minutos a pé do National Football Museum e da catedral da cidade. A oferta existente é vasta, parece quase infinita, mas o internacional português não tinha dúvidas do que queria.

James Pollitt, manager da loja, conta que Bernardo pediu uma camisola do Benfica do seu ano de nascimento, 1994, que deu à sua mãe para que esta lhe oferecesse no Natal. Uma solicitação não estranha para esta espécie de paraíso dos mantos com que os jogadores se equiparam no passado ou que usam no presente.

Numa das principais ruas comerciais de Manchester, a Classic Football Shirts não passa despercebida, com a entrada a mudar de decoração constantemente. Na tarde da nossa visita, uma camisola do Manchester United do ano do treble e outra do Manchester City da temporada 2011/12, bem como uma de Paul Gascoigne com a seleção inglesa, dão as boas-vindas. Ao entrar, o piso térreo tem pequenos postais com desenhos estilizados de Totti, Del Piero, Ronaldinho ou Adriano. E, no primeiro andar, abre-se uma espécie de jardim do Éden para os amantes do futebol.

Classic Football Shirts

Além de James, também Joshua Philips, supervisor de retalho, e Lewis Rogers, assistente de retalho, nos guiam por um mundo cheio de pedaços de tecido que nos transportam para cantos da memória. Afinal de contas, é impossível olhar para uma camisola de Zidane no Euro 2004 e não pensar no bis nos descontos à Inglaterra; ver um equipamento de Denilson com o Betis e não imaginar fintas impossíveis; dar de caras com o número 9 de Batistuta na Argentina e não ouvir o som de uma bola a perfurar redes; olhar para a camisola com que Iniesta deu o título mundial à Espanha e não ter a cabeça a gritar “Iniesta!” como Camacho fez na transmissão televisiva.

Bernardo Silva juntou-se a uma lista de futebolistas profissionais que fazem pedidos personalizados à loja. O neerlandês Memphis Depay comprou uma camisola da sua seleção do Euro 2000 com o nome do avançado inscrito, ao passo que o compatriota De Ligt adquiriu uma do Ajax, de 1996, também personalizada com o seu nome. Hector Bellerín, amante da moda, é “um dos principais clientes, com muitos pedidos de camisolas dos anos 90”, conta James.

De Ligth, com uma camisola do Ajax de 1996

Se a quantidade de camisolas expostas na loja impressiona, a totalidade dos números que nos são dados parece quase irreal.

Há 150 mil pedaços de vestes disponíveis neste espaço de Manchester, mais 150 mil exemplares no de Londres. A esta quantidade, há que somar 1 milhão só para venda na loja online e uns estratosféricos 4 milhões num armazém, totalizando 5 milhões e 300 mil camisolas nesta realidade quase inesgotável.

Se, passado este crivo, uma peça de um cliente endinheirado — já vamos aos preços — não for encontrada, há "uma rede de colecionadores e vendedores em todo o mundo que praticamente impossibilitam haver um pedido que não seja correspondido”, garante James.

Os tesouros de Portugal e a camisola de Ronaldo que “não está para venda”

Sabendo da nossa visita, a Classic Football Shirts prepara-nos várias “relíquias portuguesas”. A primeira é somente contada, e não mostrada. Trata-se da camisola usada por Cristiano Ronaldo na segunda parte do jogo de inauguração do novo Estádio de Alvalade, partida decisiva na história de ascensão do madeirense.

James mostra-nos a fotografia do exemplar, contando que esta foi recentemente “emprestada ao Manchester United para gravação de um documentário”. Mas como foi possível obter tal tesouro? “O dono da Classic Football Shirts tem muitos contactos, por já andar nisto há mais de 20 anos. Certamente conhecia alguém no balneário do Sporting ou do United e conseguiu através dessa via”, conta Joshua Philips, supervisor de retalho.

Depois segue-se uma exposição de camisolas com 20 ou 30 anos do futebol nacional: desde a do Sporting de Mário Jardel, do Benfica de João Vieira Pinto ou do FC Porto de Deco, até uma do Boavista de 1990, outra do Marítimo de 1998-99 ou do Sporting de Braga de 1996; há ainda do Belenenses de 1990-91 ou uma do Vitória com o nome de José Carlos e o número 2 nas costas.

James (esquerda da imagem), Joshua (centro) e Lewis (direita) com camisolas do Vitória, Belenenses, Marítimo, Boavista e Sporting de Braga

E quanto a preços? Uma das mais caras é, também, uma das mais procuradas. Trata-se de uma de Diego Armando Maradona do Mundial de 1994, com um preço de cerca de €591 (conversão da libra feita). Muitas das camisolas dos anos 90 rondam os €177, mas a do Boavista são uns €235, por exemplo.

Em relação à procura, James assegura que “tudo o que for de Maradona, Cristiano ou Ronaldo Nazário costuma voar”, bem como “tamanhos muito grandes e incomuns”. A camisola do Corinthians de homenagem a Ayrton Senna é, também, das mais requisitas, acrescenta Lewis Rogers, assistente de retalho.

Classic Football Shirts

Há alguns exemplares recentes em promoção, mas é rara a mais antiga que não seja inferior a uns €118. E a memória volta a pregar partidas: a de Paolo Maldini do AC Milan parece ameaçar desarmar-nos de carrinho a qualquer altura, a de David Beckham do Real Madrid quer bater um livre, a de Lionel Messi do ano da primeira Champions de Pep vai saltar, marcar de cabeça e perder o sapato.

A de Romário só está presente porque a nossa visita é de tarde, porque já sabemos que o baixinho não é amigo de acordar cedo. A de Andrei Arshavin do Zenit transporta-nos para aqueles meses de 2008 em que o russo parecia o jogador mais fascinante do mundo.

“Colecionar camisolas de futebol retro virou mainstream” e há um paraíso em Manchester onde até Bernardo Silva compra presentes de Natal
“Colecionar camisolas de futebol retro virou mainstream” e há um paraíso em Manchester onde até Bernardo Silva compra presentes de Natal
19

O negócio abriu em 2006, mas “teve um impulso nos últimos anos”, indica Joshua Philips, apontando duas razões para isso: “Por um lado, colecionar camisolas retro tornou-se mainstream, sobretudo porque quem era criança ou adolescente nos anos 90 é agora adulto e tem algum dinheiro para comprar coisas dos seus ídolos de infância; por outro, andar com uma camisola deixou de ser só algo que se faz para ir a um jogo e passou a ser um outfit mais comum para estar na rua”.

A transformação dos equipamentos de jogo em peça de moda casual foi muito sublinhado pelos trabalhadores da loja, que apontam o Veneza — com várias camisolas expostas no espaço dedicado a épocas mais recentes — como “clube que entendeu o potencial que há aí por explorar”. O uso que algumas celebridades, como Drake, fazem das camisolas é também indicado por Lewis Rogers como fator que ajuda a tornar in estas peças de roupa.

Os três trabalhadores da loja revelam um conhecimento quase enciclopédico de todos os detalhes das camisolas, em linha com o espírito que se respira no local. Os três “desconfiam” que há um outro cliente famoso que está prestes a tornar-se vizinho: “O Haaland publica muitas fotografias nas redes sociais com camisolas antigas, quase de certeza que nos compra a nós. Esperemos que nos visite nos próximos tempos”, deseja James sobre o recente reforço do Manchester City.

Relacionados
  • Kika Nazareth, dos dias passados no “bunker” à estreia no Euro: “Poderia continuar de cama, mas acreditaria nelas”

  • O teatro dos sonhos tornados “realidade que veio para ficar” - a reportagem no dia de abertura do Europeu feminino

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt

Reportagens

  • Reportagens

    O SC Braga já parece ter tudo. O que lhe falta para ganhar?

    Diogo Pombo

  • Reportagens

    Vimos as melhores do mundo reaprenderem a jogar futebol numa rave. Nem pareciam estar €4,4 milhões em cima da mesa

    Francisco Martins

  • Reportagens

    “Quanto mais tempo formos crianças, a vida vai correr melhor”: a vida na Madeira de Jéssica Rodrigues, campeã mundial de patinagem no gelo

    Sofia Arêde, SIC

  • Reportagens

    A “Extrema Dura” juntou 600 portugueses na “ausência de lógica”: a viagem do “Falsos Lentos” que encheu um jogo da 5.ª divisão espanhola

    Gustavo Carvalho

    Matilde Fieschi

+ Exclusivos
+ Artigos
  • A casa às costas

    “Num jogo, na Grécia, os adeptos quiseram invadir o campo, a polícia usou gás lacrimogéneo e tivemos de fugir para debaixo das bancadas”

    Alexandra Simões de Abreu

  • Entrevistas Tribuna

    Dos €65 milhões prometidos “ainda não chegou um euro” ao desporto português: “Estamos a desperdiçar gerações e gerações de atletas”

    Francisco Martins

  • A casa às costas

    “Senti que estava confortável em não jogar no Benfica, não gostei disso e fui para o Nottingham Forest ganhar 10 vezes mais”

    Alexandra Simões de Abreu

  • Análise

    Noronha Lopes já não cheira a outsider no Benfica e voltou cheio de emoção e crítica, mas ainda com pouco de concreto

    Diogo Pombo

    Lídia Paralta Gomes

+ Vistas
  • A casa às costas

    “Senti que estava confortável em não jogar no Benfica, não gostei disso e fui para o Nottingham Forest ganhar 10 vezes mais”

  • Ténis

    Amanhã o sol vai nascer de novo para Coco Gauff, a campeã que aprendeu esta lição em Roland-Garros

  • A casa às costas

    “No Sporting, não gostei da maneira como fui tratada pela treinadora. Pela atleta que sou, pelo profissionalismo que tenho, não merecia”

  • Análise

    Noronha Lopes já não cheira a outsider no Benfica e voltou cheio de emoção e crítica, mas ainda com pouco de concreto

  • Entrevistas Tribuna

    Chegou lá acima e disse “não caias, Celeste!”: a portuguesa com “quatro olhos abertos” que arbitrou a final do Mundial de ténis de mesa

  • Portugal

    Ronaldo desfruta de “competir bem contra gente 20 anos mais nova” e critica “os papagaios que estão em casa e dão a opinião” sobre Martínez

  • A casa às costas

    “Foi no Catar onde ganhei mais dinheiro. Quando lá cheguei a gasolina estava a 20 cêntimos. Era mais barata que uma garrafa de água”

  • Entrevistas Tribuna

    Dos €65 milhões prometidos “ainda não chegou um euro” ao desporto português: “Estamos a desperdiçar gerações e gerações de atletas”

+ Vistas
  • Expresso

    A desilusão Guns N’ Roses em Coimbra: o passado não volta mais e a voz de Axl Rose também não

  • Expresso

    Há 27 bairros de barracas na Grande Lisboa: "Trabalho, sou segurança, mas tive de construir uma casa ilegal para dar um teto à família"

  • Expresso

    Um espectro paira sobre a Europa: forças armadas alemãs têm três anos para se preparar contra ataque russo

  • Expresso

    Preços exorbitantes e longas caminhadas para contornar empreendimentos de luxo: em Grândola as praias não são iguais para todos

  • Expresso

    Carolina Patrocínio: ”Criaram a narrativa de que sou uma miúda mimada e caprichosa, o que não se cola com a pessoa que eu sou”

  • Expresso

    Massimo fez 12 anos de formação de piano em apenas 2, teve 20 valores, recebeu uma bolsa mas ainda faltam €38 mil para ir estudar nos EUA

  • Expresso

    Guns N’ Roses em Coimbra: o alinhamento de 28 canções e os vídeos de uma ‘maratona’ de 3 horas

  • Expresso

    Posso exigir saber quanto ganham os meus colegas? Há alterações a caminho