• Expresso
  • Tribuna
  • Blitz
  • Boa Cama Boa Mesa
  • Emprego
  • Expressinho
  • O Mirante
  • Exclusivos
  • Semanário
  • Subscrever newsletters
  • Últimas
  • Classificação
  • Calendário
  • Benfica
  • FC Porto
  • Sporting
  • Casa às Costas
  • Entrevistas
  • Opinião
  • Newsletter
  • Podcasts
  • Crónicas
  • Reportagens
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • RSS
Tribuna ExpressoTribuna Expresso
  • Exclusivos
  • Semanário
Tribuna ExpressoTribuna Expresso
  • Últimas
  • Classificação
  • Calendário
  • Benfica
  • FC Porto
  • Sporting
  • Casa às Costas
  • Entrevistas
  • Opinião
  • Newsletter
  • Podcasts
Exclusivo

Reportagens

Manchester Laces, a equipa de mulheres, trans e pessoas não binárias: “Há jogadoras que dizem que este clube lhes salvou a vida”

Manchester Laces, a equipa de mulheres, trans e pessoas não binárias: “Há jogadoras que dizem que este clube lhes salvou a vida”
Manchester Laces

Em Manchester, há um clube "amigável e inclusivo" que "desafia o pensamento binário" e quebra "barreiras e normas". Contestando as "regras anacrónicas" sobre participação de pessoas trans ou não binárias no futebol amador, o Laces quer "iniciar um movimento que reconhece que o género é fluido e que o futebol não deveria colocar barreiras a quem quer participar", criando um "ambiente saudável" a quem "tem uma existência marcada pelo medo"

Manchester Laces, a equipa de mulheres, trans e pessoas não binárias: “Há jogadoras que dizem que este clube lhes salvou a vida”

Pedro Barata, enviado ao Euro 2022

Jornalista

Quando Jo McDonald nasceu, há 54 anos, o futebol feminino estava proibido em Inglaterra, como consequência de uma decisão tomada em 1921 — momento em que equipas compostas por mulheres chegaram a mobilizar multidões de milhares de espectadores para verem as suas partidas. Na escola onde estudou, havia “recreios separados para rapazes e raparigas”, pelo que elas “não só não podiam jogar futebol, como também nem podiam ver os outros” praticarem-no. “Era algo que nos era escondido”, conta.

Sendo o jogo inacessível ao olhar, se, na altura, alguém dissesse a Jo que um encontro entre mulheres encheria Old Trafford, ela “jamais acreditaria”. Da mesma forma que “nunca imaginaria” que, com 54 anos e muito tempo depois do tempo em que não a deixavam — nem às suas companheiras de geração — entrar em campo, estivesse a jogar futebol semanalmente. Mas é isso que está a acontecer.

A oportunidade foi-lhe dada pelo Manchester Laces, o primeiro clube inclusivo para mulheres, transgénero e pessoas não-binárias na segunda cidade com mais população no Reino Unido. Jo fala com a Tribuna Expresso no Platt Lane Sports Complex, logo a seguir a um treino que fez com o conjunto do qual é capitã, a purple team, uma das várias equipas do clube — um “grupo muito heterogéneo que reúne quem nunca deu um pontapé numa bola antes de se juntar a nós, ou quem só jogou na escola e não o faz há muito tempo, ou simplesmente quem tenha vontade de jogar”, explica-nos.

Filha de um tempo em que o futebol fechava as suas portas a metade da população, Jo nunca foi a Wembley, um dos templos da bola mundial. Fá-lo-á, pela primeira vez, a 31 de julho, para assistir à final do Europeu, na qual estará Inglaterra. “Nasci quando as mulheres não podiam jogar e agora vou estar em Wembley numa final de um grande torneio feminino que tem lotação esgotada há imenso tempo. É algo que me deixa muito emocionada”, confessa com a voz embargada e um entusiasmo que faz com que a bola que agarrava durante a nossa conversa lhe escorregue das mãos.

O Manchester Laces foi criado em março de 2021 com o objetivo de fundar um clube “com um ambiente inclusivo e aberto”, independentemente do “background, religião, orientação sexual ou género”, explica Helen Hardy, fundadora e grande alma do projeto. Ano e meio depois de ter começado, o clube reúne já cerca de “350 pessoas”, conta Helen, “100 membros permanentes, que jogam nas diferentes equipas” que constituem o Laces, e “250 que aparecem de vez em quando, quando podem”.

Um emblema que “não é só sobre os golos que marca ou os troféus que ganha”, garante a fundadora, mas no qual importa “o coletivo e a comunidade”, que é “amável e agradável para toda a gente”. Um “espaço de amor, amizade e bem-estar”, que “desafia o pensamento binário”, quebrando “barreiras e normas”. O Manchester Laces foi eleito clube amador do ano no Reino Unido, em 2022, e também ganhou um prémio denominado “futebol contra a homofobia.”

SubscreverJá é Subscritor?Faça login e continue a ler
Inserir o CódigoComprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler
Relacionados
  • Uma “grande equipa” feita de liberdade

  • Dois United, “uma alma detida pela comunidade”

  • “Colecionar camisolas de futebol retro virou mainstream” e há um paraíso em Manchester onde até Bernardo Silva compra presentes de Natal

  • “Tu és filho do Akwá? Sim, sim”. A crónica de uma descoberta fortuita de um português no clube detido por “adeptos do United descontentes”

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt

Reportagens

  • Reportagens

    Com a força de 46 camiões a ajudar, é possível fazer surf no meio dos Alpes, a 400 km da praia mais próxima

    Francisco Martins

  • Europeu feminino 2025

    O chocolate suíço está numa crise que afeta o preço, mas não o sabor

    Francisco Martins

  • Reportagens

    No coração apertado de Gondomar, o futebol foi chorar ao funeral de Diogo Jota e André Silva

    André Manuel Correia

    Rui Duarte Silva

  • Europeu feminino 2025

    Por esta ordem: Portugal, futebol, seleção feminina - no meio do mar de apoio às Navegadoras no Europeu

    Francisco Martins

+ Exclusivos
+ Artigos
  • A casa às costas

    “Sou muito esquisito com os cheiros. Tenho a alcunha de 'princesa' porque sou muito cuidadoso com a higiene e gosto de me perfumar”

    Alexandra Simões de Abreu

  • Sporting

    O improvável destino de Viktor: um passe para trás até à infância de Gyökeres, o homem golo da liga portuguesa que agora vai para o Arsenal

    João Diogo Correia

  • Futebol nacional

    Gérard López: entrar com promessas, sair calado — e na falência

    Pedro Barata

  • A casa às costas

    “A mágoa da saída do FC Porto vai estar sempre comigo. Não foi correta a forma de tratar um jogador formado na casa e que ama o clube”

    Alexandra Simões de Abreu

+ Vistas
  • A casa às costas

    “A mágoa da saída do FC Porto vai estar sempre comigo. Não foi correta a forma de tratar um jogador formado na casa e que ama o clube”

  • A casa às costas

    “Sou muito esquisito com os cheiros. Tenho a alcunha de 'princesa' porque sou muito cuidadoso com a higiene e gosto de me perfumar”

  • Futebol nacional

    Gérard López: entrar com promessas, sair calado — e na falência

  • Crónica de Jogo

    O novo Benfica mudou a face sem ser (para já) muito diferente do velho Benfica

  • Sporting

    Com Gyökeres a caminho de Londres, o futuro do Sporting é Luis Suárez. O que diferencia os dois avançados?

  • Crónica de Jogo

    O Sporting entra na vida pós-Gyökeres com velhos protagonistas e novas paternidades

  • Sporting

    O fim da novela do homem da máscara: Sporting vende Gyökeres ao Arsenal

  • A casa às costas

    “Fui obrigado a ir para o Alverca porque o meu empresário, o Manuel Barbosa, não se entendia com o Benfica”

+ Vistas
  • Expresso

    Greve nos aeroportos em Portugal: datas, impacto nos voos e dicas para quem viaja em julho e agosto

  • Expresso

    Carlos Tavares, antigo presidente do grupo Peugeot-Citroën, aconselha líder do PS

  • Expresso

    “Agora os miúdos querem ser ricos. É o que respondem geralmente, o que é triste. Porque na idade deles o que eu queria era ser cool”

  • Expresso

    Polícia Judiciária investiga morte misteriosa de jovem angolana em Aveiro

  • Expresso

    “Para não chatearem ninguém”: como amarrar idosos faz parte da rotina invisível dos lares

  • Expresso

    Alguns turistas vão ter de pagar mais 250 dólares para entrar nos EUA: os portugueses não, mas há uma taxa que aumenta

  • Expresso

    Bruno Nogueira: “Quando és humorista e tens muita gente a ouvir-te, acho que não te caem os parentes na lama se aceitares que com isso vem uma responsabilidade”

  • Expresso

    Quem é a nova ‘porta-voz’ da Astronomer, que ficou nas bocas do mundo por causa dos Coldplay? Gwyneth Paltrow, a ex-mulher de Chris Martin