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Confusão no Marítimo. Petit garante que tem contrato com clube insular e vai levar caso a tribunal

Confusão no Marítimo. Petit garante que tem contrato com clube insular e vai levar caso a tribunal
GREGÓRIO CUNHA

Se é para terminar o contrato, tem de ser compensado financeiramente, defende Petit. O ex-internacional português está disposto a partir para uma batalha judicial, assume, em entrevista ao “Jogo” esta quarta-feira

Algo de insólito se passa no Marítimo. O clube insular diz que Petit foi dispensado no final da época passada, mas o técnico defende o contrário. Na segunda-feira, Petit apresentou-se ao serviço; Nuno Manta, o novo treinador do Marítimo, também apareceu no centro de treinos do clube. Se é para terminar o contrato, defende Petit, tem de ser compensado financeiramente. O ex-internacional português está disposto a partir para uma batalha judicial, diz, em entrevista ao “Jogo” esta quarta-feira.

“Tenho um contrato que assinei na época passada. Tanto eu como meu adjunto, o Filipe Anunciação, assinámos um contrato para a época passada e para esta. Por isso é que eu e o meu adjunto viajámos ontem [segunda-feira] para a Madeira, para nos apresentarmos ao serviço”, afirma.

Segundo o português, “não vale tudo no futebol”. “Tive a coragem de ir lá e falei com ele [Carlos Pereira, presidente do Marítimo] sobre o contrato, porque essas pessoas têm de ser desmascaradas”, aponta.

Petit conversou apenas cinco minutos com o presidente do Marítimo. “Ele disse que o meu vínculo terminou dia 30 de junho e eu transmiti-lhe que tenho mais um ano de contrato e que estava assinado. Disse-lhe que queria continuar a trabalhar, mas ele respondeu que o contrato tinha terminado e que tínhamos recebido uma mensagem a dizer que já não contava mais comigo”, conta.

“Tanto eu como o meu adjunto temos na nossa posse um contrato para a próxima época. Transmitimos-lhe isso mesmo, mas ele considera que esse contrato não existe. Temos esse contrato na nossa posse. Inclusive, quando fomos apresentados ele disse que era um contrato de um ano e meio e que não havia opção nem da parte do Marítimo nem minha, mas sim um contrato já com os valores determinados para a próxima época. Agora vamos por outras vias para provar que temos contrato para a próxima época”, frisa ainda o técnico português.

Este caso irá agora seguir para tribunal. “Temos falado com o advogado e ontem apresentámo-nos ao trabalho para resolver as coisas a bem, mas não conseguimos. Agora vamos para o tribunal. Queria ser treinador do Marítimo, estava entusiasmado com o projeto, estava a gostar da Madeira e os adeptos gostavam do meu trabalho. Neste momento, o Marítimo tem treinador e temos de ir para tribunal”, diz.

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