"Recordo um grande jogador destas terras que aprendeu a não se resignar: Eusébio da Silva, a Pantera Negra. Começou a sua vida desportiva no clube desta cidade. As graves dificuldades económicas da sua família e a morte prematura do seu pai não impediram os seus sonhos; a sua paixão pelo futebol fê-lo perseverar, sonhar e continuar para diante... chegando a marcar 77 golos para este clube de Maxaquene!", afirmou o chefe da Igreja Católica citado pela Rádio Renascença e pelo jornal “Record”.
"Não faltavam razões para se resignar… O seu sonho e vontade de jogar lançaram-no para diante, mas igualmente importante foi encontrar com quem jogar. Bem sabeis que, numa equipa, não são todos iguais, nem fazem as mesmas coisas ou pensam da mesma maneira. Cada jogador tem as suas caraterísticas, como podemos descobrir e desfrutar neste encontro: vimos de tradições diferentes e inclusive podemos falar línguas diversas, mas isto não impediu de nos encontrarmos", disse o Papa Francisco.
O Papa lembrou também Maria Mutola, onze vezes campeã do mundo e campeã olímpica, que dominou os 800 metros durante mais de uma década, que "aprendeu a perseverar, a continuar a tentar, apesar de não ver cumprido o seu anseio da medalha de ouro nos três primeiros Jogos Olímpicos que disputou". "Sucessivamente, na quarta tentativa, esta atleta dos 800 metros alcançou a sua medalha de ouro nas Olimpíadas de Sydney. A ansiedade não a deixou absorta em si mesma; os seus nove títulos mundiais não a fizeram esquecer-se do seu povo, das suas raízes, mas continuou a olhar pelas crianças necessitadas de Moçambique. Como o desporto nos ensina a perseverar nos nossos sonhos!".
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