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David Coulthard estranha que Lewis Hamilton ainda não tenha sido ordenado “Sir”: “Alguém me consegue explicar porquê?”

David Coulthard estranha que Lewis Hamilton ainda não tenha sido ordenado “Sir”: “Alguém me consegue explicar porquê?”
Dan Istitene - Formula 1

Hamilton é o piloto com mais vitórias na Fórmula 1 depois de, no domingo, em Portimão ter batido o recorde de Michael Schumacher. O inglês dedica-se também a várias causas sociais, como o racismo e o ambiente

Tribuna Expresso

David Coulthard questiona-se acerca das razões que poderão levar a que o “verdadeiro campeão” Lewis Hamilton não tenha sido ordenado “Sir”, à semelhança de outras estrelas do desporto, principalmente depois de, no passado fim de semana, ter batido o recorde de vitórias na Fórmula 1.

Hamilton festejou a sua 92ª vitória no Grande Prémio de Portugal. No entanto, apesar do sucesso ao longo dos anos, o inglês não recebeu qualquer condecoração, ao contrário do tenista Andy Murray, por exemplo, que se tornou “Sir” pelos serviços prestados no ténis e em obras de solidariedade.

Quando questionado pela BBC Radio 5, Coulthard não teve dúvidas: “Não percebo. Com tantos campeonatos do mundo na carreira, como é que ele ainda não ordenado cavaleiro. Ele é um embaixador global para a Grã-Bretanha. (…) Temos o Lewis ali, a segurar orgulhosamente a bandeira do Reino Unido. Por isso, alguém conhece a razão, ele fez alguma coisa que o tornasse não-elegível?”.

De acordo com o jornal “Daily Mail”, apesar de todas as vitórias, Hamilton divide opiniões, ao contrário de Andy Murray, com os críticos a acusá-lo de ter abraçado um lado de celebridade fora das pistas. Mas o piloto tem usado as redes sociais para sensibilizar as pessoas para causas importantes como o racismo e o ambiente.

No que diz respeito à luta contra a discriminação racial, Hamilton pediu a todos os pilotos de F1 que se juntassem a ele e se ajoelhassem antes de qualquer corrida esta época. Alguns dos seus companheiros não mostraram muita vontade de se ajoelhar. Lewis Hamilton acusou os pilotos hesitantes de serem coniventes com o racismo, a não ser que dissessem o contrário.

No Grande Prémio da Toscana, Hamilton homenageou Breonna Taylor, vítima da violência policial, usando uma t-shirt com a inscrição: “Prendam os polícias que mataram Breonna Taylor”. Por causa do gesto considerado político, o piloto de 35 anos foi investigado mas a FIA confirmou mais tarde que não iria ser tomada qualquer atitude em relação a isso.

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