John Madden tem a eternidade assegurada entre os fãs de futebol americano. O seu nome está gravado no “Hall of Fame” da modalidade e, nas últimas décadas, os adeptos habituaram-se a ouvir a sua voz e a apreciar o seu estilo exuberante como comentador televisivo. De acordo com o comunicado da Liga, Madden morreu na manhã de terça-feira. Tinha 85 anos. A NFL não revelou a causa da morte.
Madden tornou-se famoso como treinador dos Oakland Raiders, cargo que ocupou durante dez anos, tendo disputado sete jogos do título e vencido a Super Bowl em 1977. A sua percentagem de vitórias é ainda a maior entre os técnicos da NFL com mais de 100 jogos na competição.
Em termos mediáticos, foi o seu trabalho como comentador que o aproximou do público. Depois de se reformar prematuramente, aos 42 anos, Madden abraçou o trabalho de comentador como uma missão. Segundo o jornal inglês “The Guardian”, o americano educou uma nação com os comentários que fazia, cheios de onomatopeias que estamos habituados a ver na banda desenhada. “Boom” ou “doink” são dois exemplos dos divertidos vocábulos usados por Madden.
John Madden não se ficava por aí. Era dele o rosto do videojogo “Madden NFL Football”, um dos mais bem-sucedidos jogos de desporto de todos os tempos. Com vários livros sobre a modalidade, Madden era também um autor de “best-sellers”.
“As pessoas perguntam sempre se sou treinador, comentador ou trabalho em videojogos. Sou um treinador, sempre fui um treinador” respondeu Madden, quando foi anunciada a sua presença no “Pro Football Hall of Fame”.
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