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Cristiano Ronaldo: a escola do rapaz madeirense que fintava os contínuos e mostrava ao padre os jornais onde aparecia como o melhor marcador

O pequeno Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro
O pequeno Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro
Gregrio Cunha
As notas não eram as melhores, mas todos na Escola Secundária Gonçalves Zarco, no Funchal, lembram um menino franzino que fintava os contínuos para chegar mais depressa ao campo de futebol. Até o professor de Religião e Moral recorda o rapazinho que aos 40 anos ainda joga futebol profissional e que, certo dia, lhe mostrou um recorte de jornal onde se lia que Cristiano Ronaldo fora o melhor marcador de um torneio de infantis. Hoje persegue os 1000 golos na carreira. Esta é uma versão atualizada da reportagem publicada originalmente em 2017

Marta Caires (texto) e Gregório Cunha (fotos)

Aos 11 anos já estava a caminho do Sporting, mas ainda há quem se lembre de o ver com a bola debaixo do braço a fintar os contínuos para chegar mais depressa ao campo de futebol da Escola Básica e Secundária João Gonçalves Zarco.

As notas não eram as melhores, até repetiu o 5.º ano. O miúdo, que entretanto colecionou cinco Bolas de Ouro, só queria saber de bola e aproveitava todos os intervalos para jogar.

Cristiano Ronaldo tinha 10 anos quando entrou para a Gonçalves Zarco, a pedido da mãe, que não quis deixar o filho mais novo sem supervisão depois de completar a primária num externato. Ana Paula Aveiro, tia por parte do pai, trabalhava no bar dos professores da escola e recebeu a incumbência de olhar pelo sobrinho. “A encarregada de educação era a minha cunhada, mas como eu trabalhava aqui na escola pediu-me para deitar a atenção ao Cristiano”, explica à Tribuna Expresso.

Ana Paula, a tia que ainda trabalha no bar dos professores, lembra-se bem do rapazinho franzino que ficava inquieto quando se esquecia de trazer o saco para o treino do Nacional. “Era um miúdo, tinha de entrar na escola às 8 horas e às vezes esquecia o saco. Quando isso acontecia ficava perdido, não se conseguia concentrar nas aulas. Eu permiti que fosse buscar o saco algumas vezes e ainda me lembro dos dérbis familiares na Choupana. Nessa altura tinha dois sobrinhos que jogavam à bola: o Adriano Aveiro pelo Marítimo e o Cristiano Ronaldo pelo Nacional”, conta.

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