Cristiano Ronaldo: a escola do rapaz madeirense que fintava os contínuos e mostrava ao padre os jornais onde aparecia como o melhor marcador

Marta Caires (texto) e Gregório Cunha (fotos)
Aos 11 anos já estava a caminho do Sporting, mas ainda há quem se lembre de o ver com a bola debaixo do braço a fintar os contínuos para chegar mais depressa ao campo de futebol da Escola Básica e Secundária João Gonçalves Zarco.
As notas não eram as melhores, até repetiu o 5.º ano. O miúdo, que entretanto colecionou cinco Bolas de Ouro, só queria saber de bola e aproveitava todos os intervalos para jogar.
Cristiano Ronaldo tinha 10 anos quando entrou para a Gonçalves Zarco, a pedido da mãe, que não quis deixar o filho mais novo sem supervisão depois de completar a primária num externato. Ana Paula Aveiro, tia por parte do pai, trabalhava no bar dos professores da escola e recebeu a incumbência de olhar pelo sobrinho. “A encarregada de educação era a minha cunhada, mas como eu trabalhava aqui na escola pediu-me para deitar a atenção ao Cristiano”, explica à Tribuna Expresso.
Ana Paula, a tia que ainda trabalha no bar dos professores, lembra-se bem do rapazinho franzino que ficava inquieto quando se esquecia de trazer o saco para o treino do Nacional. “Era um miúdo, tinha de entrar na escola às 8 horas e às vezes esquecia o saco. Quando isso acontecia ficava perdido, não se conseguia concentrar nas aulas. Eu permiti que fosse buscar o saco algumas vezes e ainda me lembro dos dérbis familiares na Choupana. Nessa altura tinha dois sobrinhos que jogavam à bola: o Adriano Aveiro pelo Marítimo e o Cristiano Ronaldo pelo Nacional”, conta.
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