Bósnia
“Acho que a Bósnia é uma equipa que é um exemplo, uma equipa muito competitiva, com um treinador com muita clareza tática e que utiliza os seus jogadores de uma forma clara, uma mistura de jogadores jovens e com muita experiência. É uma seleção forte e eu tive a oportunidade de trabalhar com jogadores bósnios em clubes e sei que eles gostam muito de jogar pela seleção. Têm uma intensidade de uma forma de competir que é forte. É uma oportunidade para nós, para competir”
Guarda-redes, quem joga?
“A posição de guarda-redes é especial. Precisamos de ter clareza aqui. Gostei muito da atitude dos três guarda-redes, gostei muito do trabalho do Rui Patrício, um jogador-chave neste balneário, com uma atitude de alto nível. É uma decisão difícil, no estágio de março ele foi perfeito. Mas nós precisamos de ter clareza nesta posição e o guarda-redes número um agora é o Diogo Costa. O Rui Patrício é o número 2 e o José Sá o número 3. Nos jogadores de campo é diferente: há cinco substituições, podemos variar com a forma de jogar, com o adversário, muitos detalhes”
Teme que outros jogadores deixem a seleção
“Já falei dessa situação, do João. É uma decisão pessoal, que eu respeito. Ele teve uma carreira pela seleção. Temos 26 jogadores e todos querem jogar e todos querem ser importantes pela seleção. Vejo orgulho, energia no balneário, os nossos jogadores têm orgulho por jogar na seleção. Não acho que seja um problema para o futuro. É uma situação natural”
Gestão da forma dos jogadores
“A nossa visão é menos complicada, é o trabalho de treino, temos uma ideia muito clara para amanhã e precisamos dos jogadores para isso. Temos dois jogos em 72 horas e isso é importante para a planificação mas não é uma situação para olhar antes do estágio. Tenho um treino mais, não sei quem vai jogar amanhã. É impossível dar uma resposta. Mas temos uma ideia clara para amanhã”
Toti Gomes
“É um jogador diferente. Para jogar com três centrais precisamos de alguém com o perfil do Inácio, do Leite, mas o perfil do Toti é diferente. Gostei muito da atitude dele, tem um potencial maior do que eu achava, depois de ver os jogos do Wolverhampton. Acho que temos seis centrais de alto nível. Acho que o Toti precisa de mais tempo para conhecer os nossos conceitos mas foi uma surpresa muito agradável”
O que já mudou na seleção
“A minha responsabilidade é fazer com o talento individual, uma equipa equilibrada. Jogadores como o Bernardo Silva, o Bruno Fernandes, são muito inteligentes para controlar o espaço e o tempo, mas precisamos de jogadores como o João Félix, como o Rafael Leão, que têm capacidade no um contra um, para dar à equipa formas diferentes de atacar. Os jogadores precisam também de se adaptar à ideia da equipa. É importante para o futebol moderno não haver posições fixas”
Já há mais Martínez neste Portugal de junho?
“Vimos o Portugal que eu gosto na segunda parte com o Liechtenstein e no segundo jogo com o Luxemburgo. Precisamos de crescer. Os jogadores surpreenderam-me a jogar um futebol que precisa de muito mais tempo. Acho que em março vimos muitos sinais, muitos momentos, padrões de ataque, ligações entre jogadores, que me deixaram muito contente e agora precisamos de fazer o mesmo com a Bósnia”
Cristiano Ronaldo
“Temos três formas de analisar um jogador: uma é a qualidade individual, a experiência e o compromisso. O compromisso do Cristiano é total. É um exemplo no balneário, para o futebol português e mundial. Tem 198 jogos pela seleção. É como outro jogador no balneário: precisa de treinar bem para poder jogar. Precisamos de um ambiente de alto rendimento. O Cristiano e o Pepe são exemplos para o futebol português”
Talento e equilíbrio
“Temos de ter uma equipa equilibrada. Precisamos de jogadores que durante o jogo defendam com a bola, rápidos para defender rápido. Temos muita qualidade individual e com isso temos de ter bola e arriscar. A minha dificuldade é ter o equilíbrio. Mas temos qualidade individual para termos futebol de ataque. Portugal precisa de ser uma equipa para atacar e marcar golos. E rápida para defender alto e evitar que o adversário tenha bola”
Bósnia pressionada?
“É uma equipa muito competitiva e em casa joga com muita intensidade. Acho que amanhã vão jogar com a mesma intenção com que joga em casa. É uma equipa muito equilibrada, mas vimos no período de março contra a Islândia uma equipa com um ataque muito forte. Contra a Eslováquia foi um jogo difícil. Perderam dois jogadores importantes mas têm um jogador referencial, o Pjanic, e um jogador muito específico para jogar com uma linha de cinco, que é o Kolasinac. É uma seleção muito completa”
Gonçalo Ramos
“Falhou o treino ontem e hoje, está difícil para este jogo. Vamos avaliar a situação agora com os médicos mas acho difícil. Dois jogos com 72 horas… é difícil”
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