Há uma certeza que sai da final-four da Liga das Nações, escreve o comentador e analista Tomás da Cunha. Portugal esteve a perder, mas não se deixou abater. Pelo contrário, soube reagir de forma imediata e nunca revelou nenhum tipo de complexo de inferioridade, tão característico noutras ocasiões. Para levar a melhor em torneios curtos, a atitude competitiva e a resistência à adversidade são indispensáveis, ainda que a qualidade individual à disposição vá compensando a ausência de uma identidade clara e de relações estabelecidas
No Euro 2016, Portugal bateu a França na final e em prolongamento, mas fez o resto do trajecto contra selecções de segundo ou terceiro patamar. Mais tarde, no primeiro título da Liga das Nações, passou pela Suíça e pelos Países Baixos (que falharam o Mundial 2018) na final-four. Este troféu, com sucessos frente à Alemanha (e em Munique, até ver um lugar de pouca felicidade) e à campeã europeia, não reforça apenas a candidatura ao próximo Mundial. Pela forma como aconteceu, à boleia das enormes exibições de Nuno Mendes, dos momentos de Diogo Costa e das qualidades dos suplentes, confirma que o plantel de Roberto Martínez não deve nada a nenhum outro e que, mesmo longe da perfeição colectiva, está pronto para vencer.
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