Portugal

A “polivalência boa” de Matheus Nunes e o regresso a uma casa de boas recordações para Roberto Martínez: “Adoro jogar em Alvalade”

A “polivalência boa” de Matheus Nunes e o regresso a uma casa de boas recordações para Roberto Martínez: “Adoro jogar em Alvalade”
RODRIGO ANTUNES

O selecionador nacional justificou a chamada do jogador do Manchester City, alguém que já conhece “conceitos” e que está “num momento de forma bom” e sublinhou o desejo de continuidade, agora em casa, após entrar com duas vitórias no apuramento para o Mundial de 2026

Matheus Nunes na convocatória

“O Matheus Nunes já trabalhou connosco, conhece bem os nossos conceitos, está num momento de forma bom e tem polivalência boa. O Dalot e o Nelson Semedo podem cobrir a lateral direita, mas é bom ter alguém que possa jogar a lateral direito e a médio. Estava num grupo de jogadores que acompanhamos, com o Alberto Costa, André Silva, Paulinho, Tiago Santos, o Félix Correia. Temos muitos jogadores. Outros que não tiveram um bom início de época, como o Samu, o Fábio Silva, mas contamos com todos. E temos jogadores no processo dos sub-21, como o Mora, Quenda, Mateus Fernandes”

Porquê dois jogos em Alvalade e possível apuramento em casa

“O importante é jogar em Portugal, em casa, utilizar a força dos nossos adeptos. Adoro jogar em Alvalade, o meu primeiro jogo foi lá, mas a decisão é da direção da FPF. Temos a oportunidade de trabalhar em Lisboa, na Cidade do Futebol. Não há margem de erro nesta qualificação, começámos em setembro. É um espaço que eu adoro, setembro, outubro, novembro. Precisamos de continuidade, depois da Arménia e Hungria faz com que o foco seja total em tentar ganhar os jogos à frente dos nossos adeptos e dar o melhor de nós”

Em novembro pode chamar novos jogadores?

“A nota deste estágio é foco na Irlanda e Hungria, não vou cometer o erro de pensar à frente, em novembro. Agora é continuar com o que fizemos em setembro, vi o grupo muito comprometido, é incrível ver o espírito deste grupo. O estágio de junho e setembro são o maior exemplo de valores de equipa, resiliência, o que uma equipa precisa para ganhar. A Irlanda teve um estágio anterior mau, têm melhor nível. A Hungria é uma equipa equilibrada, com um aspeto competitivo muito forte”

Mora e Quenda de fora

“O objetivo era acrescentar ao grupo. Utilizámos 36 jogadores durante a Liga das Nações e agora temos a oportunidade de continuar com o trabalho de formação. Eles não ficam de fora. Os jogadores precisam de responsabilidade e usar o palco dos sub-21 para entrar na seleção A. A primeira vez que vi o João Neves, o Conceição, Nuno Tavares, Pedro Neto foi nos sub-21. Olhando para trás, acho que o estágio de setembro foi um sucesso para o Mora, Quenda e Mateus Fernandes, jogadores que respondem muito bem à responsabilidade. Estão a mostrar o que podem trazer à seleção. Mas temos uma equipa muito competitiva, com muita qualidade. O processo é muito claro”

Mourinho e contrato de Martínez até 2026

“Para mim não é uma questão. O mister Mourinho é uma mais-valia para o futebol português. Em três épocas nunca falei de questões internas dos clubes portugueses e não vou fazê-lo agora. Posso falar de Mourinho porque já nos defrontámos várias vezes, mas agora estamos do mesmo lado da barricada, a trabalhar para o desenvolvimento do futebol português. O barulho de fora é para vocês. Na seleção trabalhamos com o presente e o passado. Estamos com 12 vitórias consecutivas e o que queremos é a vitória 13 e 14. Não é uma questão para mim falar do futuro, não ajuda os meus jogadores. O meu compromisso é total”

Convocatória com 25 e não 23 jogadores

“Acho importante ter mais de 23 jogadores porque todos estão medicamente aptos, mas há jogadores com quem temos de trabalhar o aspecto físico”

Grupo de guarda-redes fechado?

“O primeiro guarda-redes convocado em março de 2023 foi o Rui Patrício. Por isso não são sempre os mesmos. Temos muitos bons guarda-redes. A situação que temos agora é muito boa, com o Diogo Costa, José Sá e Rui Silva, a competitividade é muito boa. Acompanhamos todos os guarda-redes. Agora o Ricardo Velho tem um bom desafio na Turquia, temos bons guarda-redes jovens na liga portuguesa. É difícil tirar quem está dentro, mas a porta está aberta”

Primeiro jogo em Portugal sem Diogo Jota

“Eu acredito muito em sinais e em setembro o primeiro golo foi marcado ao minuto 21 e na Hungria sofremos ao 21. O Diogo está presente e faz parte do que construímos para ganhar a Liga das Nações. O seu sonho era ganhar o Mundial e estamos com essa responsabilidade de dar tudo pelo seu sonho”

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