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Rio considera reprovável comportamento de adeptos do Sporting mas pede distância do poder político

Rio considera reprovável comportamento de adeptos do Sporting mas pede distância do poder político
MANUEL FERNANDO ARA\303\232JO

O presidente do PSD, Rui Rio, falou aos jornalistas sobre os episódios na academia do Sporting à margem da cimeira do Partido Popular Europeu, que decorre em Sófia, na Bulgária. “É uma escalada a que temos vindo a assistir, acho que é absolutamente insuportável”

Rui Rio considera que a política deve guardar distância em relação ao futebol, “um setor da sociedade que tem comportamentos altamente reprováveis”. O presidente do PSD falou sobre os eventos de ontem na Academia do Sporting, à margem da cimeira do Partido Popular Europeu, em Sófia, Bulgária.

“Estes últimos acontecimentos preocupam-me, já me preocupavam há muito tempo. É uma escalada a que temos vindo a assistir, acho que é absolutamente insuportável. Aquilo que o poder político deve fazer é, em vez de se meter e intrometer, guardar a devida distância daquele que é um setor que tem comportamentos altamente reprováveis e que não são modelo rigorosamente para nada”, começou por dizer aos jornalistas na capital búlgara.

Rio criticou depois as relações entre futebol e política. “Quando as pessoas que estão na política e na vida pública aproveitam muitas vezes os êxitos do futebol para se promoverem a si próprias, acho que estão a criar dificuldades e não a resolver o problema. Primeiro, é guardar distância, depois é ter autoridade moral e ética para procurar soluções. Acho que havia uma ligação e promiscuidade muito grande antigamente. No início do século XXI, admito que o meu exemplo possa ter sido positivo, houve uma certa separação. Tenho notado que nos últimos anos tem regressado a tendência para essa ligação e para a tentação de ganhar popularidade política à custa do futebol.”

E acrescentou: “Há uma queda natural de quem está na política de se encavalitar nos êxitos desportivos, misturando-se assim nessa componente extraordinariamente emocional e nada racional. Temos de ter sentido de responsabilidade e procurar medidas que imponham a disciplina e autoridade. Isto vai de mal a pior. O que aconteceu ontem, se nada for feito, vai-se repetir. Acho uma coisa perigosíssima.”

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