Tomás da Cunha analisa os desafios que Rúben Amorim vai encontrar não só no plantel, mas também na organização do Manchester United, em crise desde a saída de Alex Ferguson há mais de 10 anos
A saída de Erik ten Hag surgiu sem qualquer surpresa, tendo em conta o percurso recente do Manchester United. Tudo indica que a escolha de Rúben Amorim não fez parte de um plano de emergência, mas de uma escolha consciente para o futuro do clube, sabendo também que o Man. City poderá abrir vaga.
As expectativas são, na realidade, muito próximas das que envolviam o treinador contratado ao Ajax. Encantou pela qualidade de jogo e valorizou uma série de figuras, conseguindo até um brilharete na Liga dos Campeões. Na primeira época, fortaleceu o sentido de grupo e conseguiu resultados satisfatórios em Old Trafford. Desde então, não houve qualquer crescimento, apesar do investimento que foi fazendo – recuperando jogadores de confiança, em vários casos. Comparando com os adversários, percebe-se que o atraso está directamente relacionado com a falta de identidade e de valorização do processo. Aí está o principal desafio do português.
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