A 11 de novembro, quando João Pereira assumiu oficialmente o comando técnico do Sporting, Donald Trump já vencera as eleições para a presidência dos Estados Unidos da América. Passados 44 dias da chegada do novo treinador a Alvalade, Trump ainda não tomou posse como novo inquilino da Casa Branca, mas João Pereira já saiu dos leões.
A era João Pereira, que Frederico Varandas garantiu que estava há algum tempo a ser preparada, foi um dos períodos mais breves da história recente das principais equipas do nosso futebol. Volvidos 44 dias do seu começo, 42 após o primeiro treino, 33 dias contados do primeiro jogo e meros 25 depois da estreia na I Liga, o novo treinador do Sporting tornou-se no ex-treinador do Sporting.
Foram oito jogos, três vitórias — uma delas contra o Amarante, da Liga 3, e outra obtida no prolongamento, na sequência de um empate nos 90 minutos, frente ao Santa Clara —, um empate e quatro derrotas. Em seis semanas, uma temporada que se afigurava de sonho para os campeões nacionais tornou-se numa crise de resolução incerta.
Quando João Pereira substituiu Ruben Amorim, o Sporting era líder isolado da I Liga, assente em fantásticas 11 vitórias nas 11 rondas inaugurais. Agora, apenas quatro jornadas depois, é segundo, a um ponto do Benfica e empatado com o FC Porto, que ocupa o terceiro lugar.
Nos derradeiros 30 encontros na I Liga com o atual treinador do United, o Sporting perdeu quatro pontos. Em quatro partidas do campeonato com João Pereira, o clube cedeu oito pontos.
No momento do adeus de Ruben Amorim, o Sporting era segundo na tabela da Liga dos Campeões, tendo a goleada frente ao Manchester City ainda fresca na memória. Agora, após ser batido por Arsenal e Brugge, os leões estão em 17.º na principal competição de clubes da Europa.
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