Natal, época de amor, concórdia, compromissos. Ano novo, tempo de definir novas metas, renovar objetivos, realizar promessas.
Natal e Ano Novo, período de comunicados dos clubes. Em linha com a união e consenso da quadra, os textos falarão em “mútuo acordo”, agradecerão “os serviços prestados”, efetuarão votos de “felicidades pessoais e profissionais” para o futuro.
Amor, concórdia, listas de desejos para o novo ano. E despedimentos. Obrigado e adeus.
Na última década, os dias que vão entre o Natal e o começo de uma nova volta ao sol tornaram-se os preferenciais para prescindir de treinadores. Dos nove técnicos que, desde 2014/15, foram despedidos de Benfica, FC Porto e Sporting a meio da época, quatro foram retirados dos seus cargos entre 26 de dezembro e 8 de janeiro.
Estes 14 dias representam apenas 3,8% do total de dias que compõem um ano, se fizermos contas a 365 dias totais. No entanto, durante esta minoria temporal, neste período de reuniões familiares, de trocas de presentes, de almoços e jantares, decorreram quase metade dos despedimentos que os três grandes realizaram a meio das temporadas nos últimos 10 anos.
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