Ténis

Carlos Ramos ultrapassa falta de serenidade à sua volta

Carlos Ramos antes da partida desta tarde entre o croata Marin Cilic e o norte-americano Frances Tiafoe
Carlos Ramos antes da partida desta tarde entre o croata Marin Cilic e o norte-americano Frances Tiafoe
Foto Antonio Bronic / Reuters

Quase uma semana após os incidentes da final feminina do Open de ténis dos Estados Unidos, a discussão de Serena Williams com Carlos Ramos continua em destaque na agenda mediática e mesmo política. Paralelamente ao aceso debate que envolve raça, género e regulamentos, uma citação particular do árbitro português publicada no Expresso Diário e na Tribuna Expresso, na passada segunda-feira, teve repercussões mundiais – e Ramos, agora mais apoiado publicamente, já se encontra novamente ao serviço: regressou esta tarde à cadeira na meia-final da Taça Davis entre a Croácia e (ironicamente) os Estados Unidos

Miguel Seabra

Quando um piloto, seja ele de automóveis ou de aviação, passa por uma situação dramática em que a sua vida esteve em perigo, o mais aconselhado é colocá-lo a pilotar logo que possível – para impedir que o trauma assente e sacudir eventuais receios que possam colocar futuramente em risco a sua profissão. Carlos Ramos, o árbitro internacional de ténis que no passado sábado viveu o momento mais complicado da sua laureada carreira, num dos mais polémicos episódios da história da modalidade, regressou esta sexta-feira à cadeira para dirigir um encontro de grande responsabilidade nas meias-finais da Taça Davis.

O juiz português encontra-se em Zadar, na Croácia, onde já arbitrou o segundo encontro de singulares da meia-final que opõe a Croácia aos Estados Unidos, naquela que é a última edição da Taça Davis no seu formato histórico – sabendo-se que a Federação Internacional de Ténis se associou à empresa Kosmos, do futebolista espanhol Gerard Piqué, para remodelar a centenária competição, que passará a ser jogada pelas várias equipas nacionais numa única semana e num único local, contrariamente ao vigente sistema de eliminatórias ‘em casa’ e ‘fora de casa’. A Taça Davis, precisamente devido aos nacionalismos exacerbados, é considerada a competição mais difícil de arbitrar e apenas árbitros de elite são escalonados para dirigir os seus encontros.

Para continuar a ler o artigo, clique AQUI
(acesso gratuito para Assinantes ou basta usar o código que está na capa da revista E do Expresso, pode usar a app do Expresso - iOS e android - para fotografar o código e o acesso será logo concedido

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt