

Direita, volver!, não é lema, não sei se João Sousa sequer tem um, nem se o exclama caso o tenha; a exclamação implica bradar ou vociferar e já são muitos anos em que ele é diferente a pronunciar-se. Fá-lo através do ténis, em movimento, os pés a mexerem-se como o pai lhe dizia a eito, cada bola que vem deve ser uma bola que vai e não volta a vir para a raquete de João, ele tem-na na mão direita, com ela desse lado tem uma metade do court para tomar conta e “costuma cobrir 80%” dessa área “com direita”.
Ao querer devolver o que lhe atiram com uma pancada batida desse lado, então “tem de estar ali a remar, a ocupar o seu espaço, a jogar no campo com a direita e a movimentação é essencial para ele”. A direiteza de João Sousa é assim faz muito tempo e Frederico Marques, o treinador, tem-no bem presente. Não é defeito, tão pouco é feitio, trata-se do estilo com que escolheu crescer no ténis e lhe valeu “uma direita invertida” que é “arma de top-20 mundial”.
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