Ténis

Wimbledon quer navegar no “Efeito Raducanu” e já disparou os preços de bilhetes premium

Wimbledon quer navegar no “Efeito Raducanu” e já disparou os preços de bilhetes premium
Elsa
O organismo responsável pelos torneios de Wimbledon, o The All England Lawn Tennis and Croquet Club, anunciou esta quinta-feira que foram vendidos 1.250 bilhetes debentures para o segundo court mais importante do torneio de Wimbledon, por 54 mil euros cada, quando há cinco anos custaram €36 mil. Estes bilhetes são válidos por cinco anos e garantem acesso especial a courts, áreas restritas, restaurantes e bares exclusivos

Tribuna Expresso

Os contos de fadas costumam ser assim, irresistíveis e lucrativos, por isso a onda de entusiasmo e estupefação à volta de Emma Raducanu está a crescer. A adolescente britânica que ganhou o US Open a partir do qualifying motivou, para além de suspiros e histórias boas, uma subida dos preços de certos bilhetes premium para Wimbledon.

Os debentures de Wimbledon são uma espécie de bilhete premium que dá acesso especial aos principais courts do torneio e ainda a áreas restritas, restaurantes e bares exclusivos durante cinco anos, sendo que há camadas diferentes do privilégio, digamos assim, a par com diferentes timings de compra e até possibilidade de os detentores venderam o seu debenture, funcionando quase como ativos. Já há quem obtenha grandes lucros com estas transações e revendas.

O organismo responsável pelos torneios de Wimbledon, o The All England Lawn Tennis and Croquet Club, anunciou esta quinta-feira que foram vendidos 1.250 bilhetes debentures para o segundo court mais importante de Wimbledon por 54 mil euros cada, quando, há cinco anos, custaram €36 mil, conta o “Financial Times”.

Há então a natural perspetiva, e expetativa, de que Raducanu jogará novamente no segundo court principal do recinto daquele torneio, tal como aconteceu em julho, quando jogou por lá duas vezes

Ou seja, como coloca Ian Hewitt, o patrão do The All England Lawn Tennis and Croquet Club, Wimbledon está a beneficiar do “efeito Raducanu”, a jovem tenista britânica, de 18 anos, que promete dar que falar nos próximos tempos. "Espero que o entusiasmo se arraste para o próximo ano. O 'Efeito Raducanu' vai ser excelente em todas as áreas", confessou o dirigente, ao "Financial Times".

Obviamente que, além da ascensão da especial Raducanu, o clima pós-pandemia, ainda que em pandemia, ajuda bastante a este novo cenário, com o regresso dos adeptos do desporto aos recintos desportivos.

Em 2019, para o principal court, o Centre Court, os debentures foram vendidos a 93 mil euros cada, mas, em julho, foram transacionados a qualquer coisa como 138 mil euros. Quem sabe se a lenda por engordar de Raducanu vai obrigar a uma atualização nos próximos anos dos preços destes bilhetes premium para fãs abastados.

O arranque promissor de Emma Raducanu nos torneios profissionais de ténis são comprovados igualmente pela atração das marcas que agora a querem patrocinar. Basta abrir o Google e ler os títulos das notícias dos jornais em Inglaterra, como "Emma Raducanu perseguida por um exército de marcas".

Segundo a imprensa britânica, Chanel, Aston Martin e a Uniqlo já lhe terão batido à porta, mas foi, para já, com a Tiffany and Co que a tenista assinou contrato. O valor de eventuais parceiras poderá render à jovem atleta mais de 1000 milhões de euros.

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt