A vídeochamada durou cerca de 30 minutos. Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) falou com Peng Shuai, a tenista chinesa cuja segurança se tornou uma preocupação nas últimas semanas, depois de ter acusado um alto funcionário do governo chinês de agressão sexual no início do mês. As declarações de Shuai foram censuradas na China e durante vários dias ninguém soube do paradeiro da atleta.
Mas ao líder do COI, Peng Shuai disse estar "em segurança e bem", atualmente em casa, em Pequim, junto da família e amigos. Na vídeo-chamada estiveram também a presidente da comissão de atletas olímpicos, Emma Terho, e Li Lingwei, membro do Comité Olímpico Chinês, que já trabalhou também na federação chinesa de ténis.
As informações sobre o encontro foram tornadas públicas pelos meios de comunicação do COI. Peng Shuai garantiu estar bem e pediu também para que a sua privacidade seja respeitada. Sublinhou ainda que não pretende deixar o ténis de lado.
"Fiquei muito aliviada por ver que Peng Shuai está bem, que era a nossa maior preocupação. Ela pareceu relaxada. Ofereci-lhe todo o nosso apoio e disse-lhe que pode entrar em contacto connosco em qualquer altura, o que ela obviamente agradeceu", revelou Emma Terho sobre a chamada.
Durante este fim de semana, meios de comunicação e jornalistas ligados ao governo chinês publicaram no Twitter vários vídeos de Peng Shuai em atividades sociais e também eventos ligados ao ténis. A WTA sublinhou que, embora os sinais fossem positivos, eram "insuficientes", exigindo mais provas sobre o paradeiro de Shuai e se estaria a comportar-se segundo a sua vontade. A chamada com Bach parece trazer novas informações, ainda que não seja uma resposta cabal à verdadeira situação da tenista.
De acordo com o COI, Thomas Bach endereçou um convite a Shuai para um encontro mal o líder do comité olímpico chegue a Pequim, em janeiro. A capital chinesa vai receber em fevereiro os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022.
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