Ténis

Tenistas poderão jogar no Open da Austrália mesmo que tenham testado positivo à covid-19

Tenistas poderão jogar no Open da Austrália mesmo que tenham testado positivo à covid-19
Kelly Defina
O Open da Austrália vai do oito ao 80 entre as edições do ano passado e deste. Se em 2022 ficou marcado pelas restrições que impediram Novak Djokovic de jogar, em 2023 o alívio das medidas é tal que se admite que os jogadores possam entrar no court mesmo que estejam infetados

Se o facto de Novak Djokovic estar a competir na Austrália este ano não for suficientemente indicativo da mudança de mentalidade do país em relação à covid-19, a organização do Open da Austrália arranjou uma outra forma de o explicar: o torneio vai permitir que os jogadores possam competir mesmo que estejam infetados com covid-19.

“Só queríamos seguir o que está a acontecer atualmente na comunidade”, disse o diretor do torneio, Craig Tiley, aos jornalistas. “Demos mais um passo em frente ao fazer a recomendação de ficarem longe quando estão doentes”.

Ou seja, ao contrário do que aconteceu no ano passado, a testagem deixa de ser obrigatória e a ausência após um teste positivo é apenas uma recomendação, não uma obrigatoriedade. Em 2022, os jogadores tiveram que permanecer isolados depois de um teste positivo, além de serem obrigados a estar vacinados para competirem. Há dois anos, o torneio chegou mesmo a ser realizado numa ‘bolha’, para manter todos seguros.

O ano de 2022 ficou marcado, sobretudo, pela deportação de Novak Djokovic. O sérvio conseguiu entrar no país, mas teve que sair por se recusar a ser vacinado contra a covid-19. O tenista não mudou de ideias para este ano, mas o torneio decidiu que esta iria ser a primeira edição sem restrições desde o início da pandemia, em 2020.

“Deixámos claro aos nossos jogadores, bem como ao nosso staff, que se alguém se sentir mal deve ficar em casa, o nosso pessoal médico continuará a monitorizar isso, com os jogadores a nível individual também. É um ambiente normalizado para nós e, potencialmente, haverá jogadores que irão competir com covid-19”, afirmou.

O torneio terá início na próxima segunda-feira, dia 16, e vai decorrer até 29 de janeiro. Djokovic é presença confirmada, mas há também ausências confirmadas, como Carlos Alcaraz, Venus Williams e Naomi Osaka. Em dúvida está ainda Emma Raducanu, que se lesionou no primeiro torneio do ano.

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt