Novo ano, nova confiança para Nick Kyrgios: sente-se “genuinamente” como “um dos tenistas” que pode ganhar o Open da Austrália

Nick Kyrgios parece estar pronto para começar um novo capítulo na sua carreira como tenista, aos 27 anos. Se há percurso que está longe de ser linear é o seu, cheio de altos e baixos, com uma série de polémicas pelo meio. E agora o tenista considera ter passado por um 2022 transformador e prepara-se para um 2023 com o foco nos grandes títulos.
“É um pouco diferente desta vez, sendo um dos favoritos. Normalmente, sou ‘dark horse’ [expressão usada quando um atleta inesperadamente vence adversários de maior expressão]. Agora, depois do ano que tive, sou um dos favoritos. É tudo novo para mim. Esta é a primeira vez que chego a um Slam e sinto genuinamente que sou um dos que pode pegar no troféu”, defendeu esta quinta-feira aos jornalistas.
O Open da Austrália é o primeiro Grand Slam do ano e, olhando para as memórias recentes, guarda boas recordações para Kyrgios. O ano passado, o tenista de Camberra e Thanasi Kokkinakis venceram o torneio de pares. O desafio agora é ainda maior, uma vez que cai em cima de si a expectativa de que consiga ser o primeiro australiano a vencer em Melbourne desde que Mark Edmundson conseguiu o título em 1976.
“Eu sou um dos melhores jogadores do mundo”, disse, com a segurança habitual. “Vou definitivamente entrar no Open da Austrália com confiança. Sempre fui bom. Fui o n.º 1 do mundo em juniores. Fiz a transição muito cedo, mas sinto que sou muito consistente. Esperemos que a consistência se mantenha este ano”.
O foco no título a nível individual é tanto que o tenista admite mesmo deixar de lado a luta pela renovação em pares. Caso Kyrgios ou Kokkinakis se mantenham em competição na segunda semana, é provável que abandonem a defesa do título.
O primeiro jogo do australiano no torneio será contra Roman Safiullin, 98.º no ranking ATP, mas antes do Open da Austrália tem encontro marcado com Novak Djokovic, na sexta-feira. Os bilhetes para ver este encontro esgotaram em apenas 58 minutos, apesar de algumas dúvidas em relação à competitividade que possam apresentar. Primeiro, porque é um jogo antes do Grand Slam, onde não querem correr muitos riscos, mas também porque a perna esquerda do sérvio pode não estar a 100%.
“Não ouvi mais nada”, respondeu Kyrgios quando questionado sobre as lesões. “O Novak tem jogado muito ténis ao longo da sua carreira, por isso sabe como o seu corpo precisa de se sentir. Eu não teria qualquer dúvida. Eu ainda diria que o Novak é claramente um favorito [para ganhar o Open]”.
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