A final do US Open que veio das ‘meias’ interrompidas por ativistas pelo clima: Sabalenka contra Gauff

A bielorrussa Aryna Sabalenka, número dois mundial e próxima líder do ranking, derrotou, na quinta-feira à noite, a norte-americana Madison Keys e vai marcar presença, pela primeira vez, na final do US Open - que irá partilhar com Coco Gauff.
Sabalenka, que não tinha perdido um único set neste último 'Grand Slam' da temporada, começou mal as meias-finais, com Keys a conquistar o primeiro parcial por 6-0. A bielorrussa de 25 anos, pela terceira vez consecutiva nas meias-finais do major nova-iorquino, ganhou os dois sets seguintes por 6-7 (1-7) e 6-7 (7-10), em duas horas e 32 minutos.
Keys, de 28 anos, que marca presença pela sexta vez na carreira nas meias-finais de um 'major', falhou o regresso à final em Flushing Meadows, Nova Iorque, onde já esteve em 2017. Além disso, a derrota de Keys, 17.ª na classificação mundial, acabou com um sonho de uma final totalmente norte-americana.
Isto porque, na outra meia-final, a jovem norte-americana Coco Gauff, de 19 anos, número seis do mundo, bateu a checa Karolina Muchova, 10.ª no ranking WTA, por 6-4 e 7-5.
Aos 19 anos, Gauff é a número seis mundial, a jogar em casa, contou com o apoio do público para derrotar Muchova, 10.ª no ranking WTA, por 6-4 e 7-5, num encontro que durou duas horas e quatro minutos, em Flushing Meadows, Nova Iorque. Além de disputar a final contra Gauff, Sabalenka já tem garantida a subida à liderança da classificação após o final do torneio.
A partida foi interrompida cerca de uma hora depois do início, numa altura em que Gauff já vencia por 6-4 e 1-0, quando foram ouvidos gritos de protesto de um grupo de espetadores na área superior das arquibancadas do Estádio Arthur Ashe.
De acordo com vídeos publicados nas redes sociais, três manifestantes colocaram-se em pé e gritavam pelo fim dos combustíveis fósseis. Dois foram expulsos, mas o terceiro tinha colado os pés descalços ao solo de cimento.
As forças de segurança demoraram mais de 30 minutos a conseguir remover o terceiro manifestante, que deixou o estádio escoltado pelos seguranças do torneio.
As duas tenistas recolheram os balneários e a partida foi retomada, após um período de aquecimento, depois de uma interrupção de quase 50 minutos.
Um dos manifestantes, que se identificou como Ian, disse que queria que o Open dos Estados Unidos fosse responsabilizado, porque tem patrocinadores que são grandes corporações cujas políticas estão a contribuir para o aquecimento global.
“Não estamos a tentar prejudicar de forma alguma os atletas. Não temos nada contra o desporto, mas estamos aqui realmente a tentar chamar a atenção para uma questão: não haverá mais ténis para ninguém no mundo desfrutar”, disse.
Este foi o último de uma vaga recente de protestos em eventos desportivos, contra a utilização de combustíveis fósseis.
Num outro Grand Slam, em Wimbledon, em julho, duas partidas foram interrompidas quando ativistas ambientais pularam das arquibancadas e espalharam confetes no piso.
Em agosto, num torneio em Washington, cerca de uma dúzia de pessoas foram convidadas a deixar o local depois de gritarem e exibirem cartazes de protesto contra o uso de combustíveis fósseis.
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