

Ryan Pierse/Getty
Pela primeira vez na história, não há um único tenista com a esquerda a uma mão no top 10 do ranking mundial masculino. A pancada que popularizou Sampras ou Federer vive dias difíceis, numa era de potência e rapidez que vulgarizou a esquerda a duas mãos. Nesta viagem às causas e consequências, há quem sugira uma possível escapatória: alterar, durante o jogo e conforme o adversário, a forma de se bater a esquerda
As pernas dançam ao encontro da bola, a raquete vem cá atrás, quase roça os cabelos da nuca, junta-se ao corpo como se fosse parte dele e dispara um chicote repentino, com os braços do tenista transformado em bailarino espraiados enquanto a bola já plana para o outro lado da rede. A esquerda a uma mão é uma das pancadas mais bonitas do ténis, popularizada por Rod Laver ou John McEnroe, melhorada por Pete Sampras ou Roger Federer do lado masculino, por Steffi Graf ou Justine Henin entre as mulheres. Mas é cada vez mais raro vê-la num court de ténis. Teme-se até a sua extinção. Sinal dos tempos e da evolução do jogo, em que a potência pode esmagar a beleza.
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