Foi preciso Vacherot lutar contra o primo, mas o 204.º melhor do mundo lá se tornou no vencedor de um Masters 1.000 com ranking mais baixo
Qian Jun/MB Media
Na final do Masters 1.000 de Xangai, Valentin Vacherot superou Arthur Rinderknech (4-6, 6-3, 6-3), adversário com o qual tem relações familiares. O monegasco disputou a qualificação e, pelo caminho, eliminou adversários como Alexander Bublik, Holger Rune e Novak Djokovic
Valentin Vacherot foi até à China um pouco à aventura. Sem lugar na qualificação do Masters 1.000 de Xangai, escreveu a um amigo dizendo-lhe que ia “tentar a sorte”, porque uma “campanha incrível pode aparecer a qualquer momento”.
As sucessivas desistências deram-lhe a possibilidade de lutar pelo apuramento para o quadro principal. Logo no segundo jogo do qualifying, precisou de um tie break para não ser eliminado frente a Liam Draxl. Sustida a apreensão, colocou-se entre os melhores.
O monegasco de 26 anos que fez formação nos campeonatos universitários dos Estados Unidos viu-se num bando de estrelas. Na segunda ronda, encontrou Alexander Bublik. Do outro lado da rede, surgiram-lhe também Holger Rune e até Novak Djokovic. O 204.º melhor tenista do mundo bateu todos eles.
Os primos, Arthur Rinderkneche Valentin Vacherot, após a final
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Ao garantir um lugar na final, o prémio mínimo, que lhe seria atribuído caso perdesse, era de $597,000. Em toda a carreira, antes do torneio chinês, tinha amealhado graças aos seus resultados $594,077.
A falta de atores principais fê-lo agarrar no guião e desempenhar um papel que não era o seu. A presença de Valentin Vacherot dava à final um toque de invulgaridade reforçada pelo facto de enfrentar Arthur Rinderknech, seu primo.
Na disputa familiar, tornou-se no vencedor de um Masters 1.000 com o ranking mais baixo de sempre. Vacherot até começou a perder, mas deu a volta (4-6, 6-3, 6-3). Agora, vai voar para a posição 40 da lista que ordena os tenistas.