Razões de segurança levam a mudança de sala no julgamento de Rui Pinto

Jornalista
Afinal, o julgamento de Rui Pinto não vai decorrer na maior sala do Tribunal Criminal de Lisboa, no piso zero, como estava previsto. Um relatório de segurança entregue hoje às autoridades judiciais desaconselhou a utilização daquela sala (onde decorreu, por exemplo. a instrução da Operação Marquês) por considerar que não estão reunidas as condições de segurança necessárias, contou ao Expresso uma fonte próxima do processo.
Assim, apesar de não ter havido uma ameaça concreta, o julgamento vai decorrer numa sala mais pequena, no piso seis do tribunal, onde será "mais fácil garantir a segurança não só do arguido mas de todos os envolvidos", explica a mesma fonte. Consequência imediata: haverá menos gente dentro da sala e em vez dos dez jornalistas que estavam previstos para a sala, afinal, vão estar apenas oito.
Inicialmente, a juiz Margarida Alves, presidente do coletivo de juízes, marcou o julgamento para a sala de audiências do piso seis. Mas as autoridades judiciais entenderam que um julgamento tão mediático devia realizar-se na sala maior do tribunal, com mais espaço para a comunicação social. O interior da sala chegou a ser filmado pelas televisões. Mas, sexta-feira, quando o julgamento se iniciar, será mesmo no piso seis.
Rui Pinto é acusado de 90 crimes e já esteve um ano e meio em prisão preventiva. Agora faz parte de um programa de proteção de testemunhas porque as autoridades judiciais consideraram que corre "perigo de vida" e já sofreu ameaças "de Portugal e do estrangeiro".
O início do julgamento está marcado para as 9h30 de 4 de setembro.
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: RGustavo@expresso.impresa.pt