Bruno de Carvalho: "Foi um crime violentíssimo perpetrado sobre mim, um assassinato de caráter. Posso sair do meu confinamento de dois anos"
As declarações do ex-presidente do Sporting à saída do Tribunal de Monsanto, depois de ter sido absolvido de todas as acusações no caso da invasão à Academia de Alcochete
Tribuna Expresso
Reação à decisão do tribunal
"Espero que tenham ouvido bem e que percebam a diferença: estão a falar com seres humanos, com pais e com filhos. Tenho pais que estavam preocupados, tenho filhas que tiveram de ouvir o que não queriam.
O tribunal teve muito cuidado a dizer todas as vezes que não houve provas. Isto foi um crime perpetrado sobre mim.
Se vocês, jornalistas, que são quem informa as pessoas, tiverem a coragem de dizer que fui absolvido, porque fui considerado inocente, posso começar a sair do meu confinamento de dois anos.
Já disse o que acho da procuradora, acompanhada pela juíza. Como cidadão, só tenho de reconhecer. Repôs a verdade."
Injustiçado
"Foi um crime como nunca se tinha visto em Portugal. Foi a assunção de algo que eu sabia há dois anos. Está nas vossas mãos não perpetuar mais este crime. As minhas filhas e os meus pais ouvem o que vocês dizem.
Para mim não muda nada, espero que vocês mudem um bocadinho. A comunicação social arrepende-se de ter insinuado que eu era drogado, que batia na minha mulher?
Foi um crime violentíssimo, um assassinato de caráter. Vocês têm o papel de pensar como devem abordar as notícias. Ninguém merecia passar por aquilo que eu passei. Nenhum cidadão."
Sonha voltar ao Sporting?
"Sonho em voltar a abraçar a minha família."
Voltará a ser sócio do Sporting?
"É de elementar justiça voltar a ser sócio do Sporting. Mas não exijo nada a ninguém, está na consciência dos sportinguistas.
Sempre fui inocente. Deviam ter confiado. Dei tudo pelo Sporting e coloquei o Sporting à frente da minha vida, da minha família. Felizmente a minha família não me abandonou."
Bruno de Carvalho, a ser revistado à entrada do Tribunal de Monsanto.